Registro fotográfico da pesquisa em estética
Pedagogia em Ação!
Um blog para compartilhar as construções do meu conhecimento ao longo da jornada do curso de Licenciatura em Pedagogia na Universidade de Caxias do Sul, modalidade à distância!!!
terça-feira, 9 de setembro de 2014
pesquisa em estética
PESQUISA: A ESTÉTICA DO COTIDIANO NOS
ESPAÇOS EDUCATIVOS
Tema: o espaço que o sujeito
ocupa na escola – seja físico ou emocional.
Problema: a escola pensa na forma
como o espaço está organizado?
Hipóteses: a) a escola pensa na
organização do espaço para facilitar a rotina dos professores e funcionários;
b) a escola pensa na
organização escolar como um espaço acolhedor e desafiador?
Objetivos: será realizada uma
observação participante com o objetivo de responder à hipóteses formuladas,
observado e registrando por meio escrito e fotográfico os espaços escolares.
Roteiro: a) observar os espaços da
escola;
b) fotografar os espaços
escolares;
c) entrevista semi-estruturada
com a equipe diretiva;
d) questões a serem respondidas
pela observação participante:
d.1) a escola está enfeitada?
d.2) o espaço está bem
distribuído?
d.3) como é a infraestrutura da
escola?
Síntese Reflexiva
A Escola Municipal
de Ensino Fundamental Francisco Puppo, fundada em 1988, está situada na Rua Alfredo
Rosa, nº 226, Bairro Vereador Emilio Droppa, na cidade de Cruz Alta. Tem como
diretora a professora Mara Rúbia Pedrozo dos Reis.
A escola possui 02
funcionários e 08 professores, com 120 alunos atende o ensino fundamental em
dois turnos; 05 salas de aula, secretaria, refeitório, biblioteca e laboratório
de informática. É um ambiente aconchegante, limpo, organizado e preparado para
a acessibilidade com um banheiro para cadeirantes e sala de apoio para alunos
com necessidades especiais de aprendizagem, onde uma professora psicopedagoga é
disponibilizada para a escola no período de duas vezes na semana. Seu acesso à
feito através de escadas, mas possui também rampa para acesso.
Conta com duas quadras abertas, espaço físico murado, mas não
dispõe de espaço físico fechado. Ela desenvolve projetos solidários e pedagógicos
com alunos do 1º ano à 9ª série – gincana da garrafa pet. É
sua missão desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum e
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir
no trabalho e em estudos posteriores.
A escola
encontra-se muito bem decorada com enfeites produzidos pelos alunos nas aulas
de Educação Artística, trabalhinhos, além de letreiros produzidos com E.V.A.,
uma casinha interna feita com caixas de leite usadas e uma casinha externa
feita de garrafas pet, trabalhos dos professores e funcionários.
O
espaço é bem distribuído e organizado adequadamente para que todos circulem com
aproveitamento, embora seja uma escola relativamente pequena. Percebe-se que a
equipe diretiva e professores preocupam-se em produzir um ambiente acolhedor
para alunos e pais, e que os mesmo retribuem essa atenção especial cuidando da
escola e participando da vida escolar sempre que possível ou solicitado. Ao
mesmo tempo em que é acolhedor, o ambiente é estimulador, com letreiros de
boas-vindas, mensagens de carinho aos alunos, mensagens de estímulo aos
professores. Percebe-se preocupação quanto ao lugar que o aluno ocupa dentro da
escola e também estratégias que visem seu engajamento e reflitam seu
acolhimento por parte dos docentes.
terça-feira, 11 de junho de 2013
Retorno ao blog...
Depois de um ano, retorno às publicações neste blog... foi falta de tempo meeeeesmo, não foi falta de vontade... e confesso que receio também de cair na mesmice de uns blogs chatos que ficam "enchendo linguiça" sem ter o que falar... essa coisa de ficar de "bom dia, hoje dormi bem..." ou "boa noite, fui tomar banho..." que se vê pelas redes sociais por aí não é comigo...
Buenas, recebi uma tarefa na disciplina de Educação Inclusiva - sim, eu continuo na faculdade - que pede uma reflexão sobre as aprendizagens deste semestre. Foram muitas... muitos assuntos aos quais a gente pouco se detém, que muitas vezes não fazem parte da nossa rotina, e quando fazem, às vezes ignoramos... bem, esta disciplina têm proporcionado muitas reflexões, talvez por eu me encontrar num estado gravídico - sim, a cegonha vem me visitar em setembro - e fico pensando nesse mundão com meus dois filhos, um à caminho e um já caminhando por aí... e me revolto com as coisas que deveriam funcionar, com leis que às amparam, e que não funcionam como se qualquer obrigação sequer existisse... e com as pessoas, que deveriam cobrar e reclamar por seus direitos, mas cedem às pressões e conformam-se com o que têm...
"A inclusão educacional deve ser entendida como um princípio, processo contínuo e permanente". O estudo da evolução histórica da concepção de deficiência mostrou uma face obscura e cruel, já que na antiguidade os pais sacrificavam seus filhos com deficiência, por serem considerados "seres diabólicos". Os que sobreviviam ao abandono, na idade média, eram abrigados pelas instituições religiosas ou serviam de "bobos" da corte. Até o século XX, muitos continuavam marginalizados, presos em manicômios e prisões. Apenas em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos passou a vê-los como cidadãos. No Brasil, em 1978, uma emenda constitucional tratou dos direitos da pessoa deficiente, sendo em 1988 a Constituição Federal a tratar do Atendimento Educacional Especializado em redes regulares de ensino.
Por esse breve e resumido histórico podemos ver que a caminhada é longa, é lenta, e que mesmo direitos alcançados não têm sido garantia de direitos efetivamente cumpridos.
E eu volto a me perguntar: até quando será assim? direitos escritos em papéis soltos ao vento... o que estamos fazendo para mudar essa situação?
Buenas, recebi uma tarefa na disciplina de Educação Inclusiva - sim, eu continuo na faculdade - que pede uma reflexão sobre as aprendizagens deste semestre. Foram muitas... muitos assuntos aos quais a gente pouco se detém, que muitas vezes não fazem parte da nossa rotina, e quando fazem, às vezes ignoramos... bem, esta disciplina têm proporcionado muitas reflexões, talvez por eu me encontrar num estado gravídico - sim, a cegonha vem me visitar em setembro - e fico pensando nesse mundão com meus dois filhos, um à caminho e um já caminhando por aí... e me revolto com as coisas que deveriam funcionar, com leis que às amparam, e que não funcionam como se qualquer obrigação sequer existisse... e com as pessoas, que deveriam cobrar e reclamar por seus direitos, mas cedem às pressões e conformam-se com o que têm...
"A inclusão educacional deve ser entendida como um princípio, processo contínuo e permanente". O estudo da evolução histórica da concepção de deficiência mostrou uma face obscura e cruel, já que na antiguidade os pais sacrificavam seus filhos com deficiência, por serem considerados "seres diabólicos". Os que sobreviviam ao abandono, na idade média, eram abrigados pelas instituições religiosas ou serviam de "bobos" da corte. Até o século XX, muitos continuavam marginalizados, presos em manicômios e prisões. Apenas em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos passou a vê-los como cidadãos. No Brasil, em 1978, uma emenda constitucional tratou dos direitos da pessoa deficiente, sendo em 1988 a Constituição Federal a tratar do Atendimento Educacional Especializado em redes regulares de ensino.
Por esse breve e resumido histórico podemos ver que a caminhada é longa, é lenta, e que mesmo direitos alcançados não têm sido garantia de direitos efetivamente cumpridos.
E eu volto a me perguntar: até quando será assim? direitos escritos em papéis soltos ao vento... o que estamos fazendo para mudar essa situação?
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Pensamento Eco-Sistêmico
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
DA ATUAÇÃO DOCENTE
PROFª CARMEN CECILIA SCHMITZ
5ª SEMANA 02/04 a 08/04/12
ACADÊMICAS: Adriana Meinen de
Oliveira Jacinto da Silva,
Ana Vanessa de Almeida Durigon
Nelci Aparecida de Godoy
Tairini Menegat
Vivian Donida
QUESTÕES SOBRE O PENSAMENTO
ECO-SISTÊMICO
Atividades sobre a
compreensão do capítulo 3 “O paradigma educacional eco-sistêmico”, da p. 241 a
327.
1) A autora, neste capítulo 3, tece considerações epistemológicas,
pedagógicas e didáticas do paradigma eco-sistêmico, p. 252 a 272, organizando
estas considerações em 32 tópicos.
Selecionar 4 destes tópicos relacionados entre si, explicar esta relação, apresentando argumentos.
Consideração 7: “para que haja
auto-organização, é preciso que exista perturbação, desafios, problemas, algo
que estimule o organismo e o impulsione a querer produzir algo diferente e a
reorganizar-se sempre que necessário”. Selecionar 4 destes tópicos relacionados entre si, explicar esta relação, apresentando argumentos.
Consideração 8: “é o individuo que, para conhecer, realiza algo,
reconstrói a sua realidade, muda interiormente a partir da relação consigo
mesmo, com os outros, com a cultura e o contexto”.
Consideração 11: “importante perceber que o processo de construção do
conhecimento não é um círculo fechado, mas uma espiral evolutiva -
característica importante do aspecto reconstrutivo e transformador da
aprendizagem”.
Consideração 16: “entendemos
que o funcionamento em educação é poder viver a experiência do trajeto, da
descoberta do caminho, vivenciar o processo, aqui e agora de cada momento de
aprendizagem, sabendo que o caminho é desvelado à medida que é percorrido e
que, qualquer que seja o caminhante, não existe nenhum caminho pronto, como nós
dizia o poeta Antonio Machado”.
O que relaciona
entre esses quatro tópicos é que para o aprendizado ser bom, a peça essencial é
o ser humano, que tem que se lutar para não deixar que o círculo se feche, fazendo
um espiral de aprendizagens, e assim evolua cada dia, mais e mais, pois não é
só na chegada que se aprende e descobre mais, é no trajeto. O que une esses
tópicos é que o aprendizado depende da própria pessoa, que ela vá e busque
novos caminhos para seu sucesso.
2) Em que consistem as dimensões construtivista, interacionista,
sociocultural, afetiva e transcendente do paradigma eco-sistêmico, segundo
Maria Cândida Moraes? Explicar, dando exemplos de sala de aula.
Todas
as dimensões se complementam, estão articuladas entre si, daí talvez decorra o
entendimento de que os conceitos se repetem... na verdade, entendo que eles se
permeiam...
a.
construtivista:
reconhece o aprendiz como sistema vivo, que se constrói e é construtor de uma
realidade, vinculada a um contexto histórico, social e cultural, onde ele atua
mediante diálogos e reflexões, fundamentadas em suas experiências vividas,
através da qual constrói seu conhecimento e seu próprio mundo. Exemplo: educação à
distância.
b.
interacionista: consiste em interações com
os objetos e com outros sujeitos, indicando que a troca intelectual e o diálogo
atuam como fatores necessários ao desenvolvimento do pensamento e da
aprendizagem. Diz respeito aos diferentes tipos de trocas e diálogos que o ser
humano é capaz de realizar. Exemplo: fórum de debates na educação à distância,
mesa redonda em eventos.
c.
sociocultural: os indivíduos participam de
uma construção coletiva e social e obedecem às regras e normas presentes em
cada sociedade. A sociedade e a cultura existem e se desenvolvem através das
intervenções dos sujeitos que são os criadores, portadores e transmissores da
cultura. Exemplo: a LDB 1996, que teve uma grande e longa caminhada, uma
trajetória, onde vários atores atuaram na sua construção, e muitos outros na
sua solidificação e aplicação.
d.
afetiva: todas as ações humanas estão
fundamentadas nas emoções e é esse fluxo que modela o nosso dia a dia; são
elas, ainda, que revelam a maneira como percebemos nossas relações com o mundo
e a realidade. Exemplo: um aluno que chora e não quer ficar na escola, e a
professora que o acolhe e o acalma.
e.
transcendente: o sujeito é capaz de ir
além de sua realidade, de introduzir inovações e reinvenções. Produzir
conhecimento é abrir as portas para que algo novo possa emergir, é a capacidade
de romper limites e dos seres humanos se reconhecerem a partir de sua
infinitude, como seres inacabados (Paulo Freire) que sonham, rompem mundos e
barreiras. Transcendência remete ao conceito de resiliência, e ambos referem-se
à interiorização. Exemplo: um tabuleiro gigante de xadrez usado no
ensino/aprendizagem de matemática numa escola.
3) Ecopedagogia como uma resposta criativa ao paradigma tradicional é
uma das propostas da autora. Em que consiste esta proposta e argumentar a
favor.
É uma nova pedagogia voltada para criação de uma visão mais ampla da realidade
e do mundo, inclinado para o novo paradigma eco-sistêmico. Trata-se de uma
revolução educacional coadunada ao desenvolvimento de uma consciência ecológica
e de uma cultura de paz. É a preservação do planeta, desenvolvendo o bom
convívio social, alargando relações saudáveis, bem como o respeito entre si e o
próximo.
4) Selecionar 5 conceitos ou vocábulos ou expressões que
o grupo sugere para discussão no Fórum “Questões sobre pensamento eco-sistêmico”
.
4.1.Conceitos sobre dimensões:
Dimensão construtivista - Proposição de Jean Piaget, é
uma forma de conceber o conhecimento como algo em constante construção, o
conhecimento não parte do sujeito nem do objeto, mas de sua relação. Reconhece
o aprendiz como um sistema vivo, auto construtor e auto criador da sua
realidade, integrado a um contexto histórico, social e cultural, onde atua
mediante reflexões e diálogos a partir de ações ecologizadas em suas vivências,
construindo o conhecimento e emergindo seu mundo.
Dimensão interacionista - O conhecimento é construído a partir de
atividades mutuamente implicadas (comprometidas, envolvidas etc), interativas
(ação recíproca) e recursivas, por processos interativos que acontecem e
envolvem as estruturas do sujeito e do objeto. Exige, portanto, trocas
intelectuais e o diálogo. É complementar ao construtivismo e vice-versa.
Dimensão social - O indivíduo é influenciado pelo meio social desde o
início de sua vida em suas convivências e interações sociais. O desenvolvimento
da aprendizagem ocorre a apropriação do ambiente social e cultural a partir de
suas ações (sujeito ativo).
Para Paulo Freire, não existe pensamento sem diálogo com o outro, com as
contradições e conflitos necessários para o entendimento do mundo de maneira
diferente da nossa.
Dimensão afetiva - A cognição não se restringe ao acontece no cérebro,
mas integra a totalidade de todo organismo humano, ressaltando o papel
fundamental das emoções e sentimentos. Observa-se, portanto, a necessidade do
educador prestar atenção no clima crido em sala, surgido dos alunos ou não, que
influenciam o desenvolvimento de atividades, a evolução do pensamento, da
consciência e do espírito. Isso, com a finalidade de criar espaços educacionais
acolhedores, amorosos e não competitivos, que sejam espaços de aceitação, onde
se corrige o fazer e não mais se desvalorize o ser (preservação da autoestima)
em prol da aprendizagem significativa.
Dimensão transcendente - Trata-se da capacidade intrínseca que todo o
sistema possui de ir mais além de sua realidade, de introduzir algo inovador e
criativo no padrão atual. Ou seja, é a competência de introduzir algo novo no
velho padrão, assimilar novidades.
Para Boff (2000 apud MORAES), a transcendência é a liberdade criativa
para protestar, inovar, insurgir, fugir da opressão, transformar sua realidade.
É a capacidade de romper todos os limites, de superar e violar os interditos,
de projetar-se para mais além. Ele compreende tal característica no ser humano
a partir do reconhecimento de sua infinitude, como um ser inacabado errante que
busca novos mundo e novas paisagens, que rompe barreiras, que projeta e sonha.
4.2. Epistemologia e Fundamentos Epistemológicos:
A epistemologia, também chamada teoria do conhecimento, é o ramo da
filosofia interessado na investigação da natureza e tem ocupado um plano
central na mesma e do ramo de fontes e validade do conhecimento. Há muitas
questões que a epistemologia tenta responder uma delas é: o que é o
conhecimento? Um passo óbvio na direção desta pergunta é tentar uma definição
para ela. A definição padrão é a de que o conhecimento é: a crença
verdadeira justificada. Fundamentos epistemológicos são o estudo do
conhecimento. O conhecimento é construído individual e coletivamente a partir
de um processo em que o sujeito interage com a realidade, ou seja, outras
pessoas, ambiente sociocultural, ambiente físico, etc. Como objeto, está tudo
aquilo que desperta curiosidade e pode vir a ser estudado pelo homem. Como
sujeito, temos o homem, que se relaciona com o meio e obtém conhecimento como
resultado dessa experiência por meio de um contado que se dá em etapas
(estágios epistemológicos): da sensação, passando pela percepção, pela
compreensão, pela definição, pela argumentação e pelo discurso, até chegar à
transformação científica.
4.3 Fundamentos Pedagógicos:
São as doutrinas, o ensinamento, o principio e a teoria do que devemos
ensinar, tanto em uma construção individual e coletiva, visando também ao
ambiente sociocultural e o ambiente fisico, com o objetivo de transmitir o que
se tem nos planos pedagógicos, unindo-se aos fundamentos epistemológicos.
4.4. Autopoiese:
Vem da Biologia, e refere-se à capacidade de regeneração que todos os
seres vivos possuem, e ainda a capacidade de se auto-organizar, modificando
suas estruturas, visto estarem em constante movimento (fluxo energético), em
interação com o sistema e com os demais seres vivos. Desequilíbrios, tribulações
e dificuldades têm seu lado positivo, no sentido em que favorecem as
aprendizagens, pois requerem processos de auto-organização recorrentes.
4.5. Desenvolvimento multidimensional do ser humano:
Refere-se ao desenvolvimento do ser humano nas dimensões construtivista,
interacionista, sociocultural, afetiva e transcendente, ou seja, visando ao desenvolvimento
em sua totalidade, levando-o ao auge de suas potencialidades.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Questões Finais - texto Libâneo
FUNDAMENTOS
TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA ATUAÇÃO DOCENTE
PROFª CARMEN CECILIA
SCHMITZ 3ª SEMANA 19/03
a 24/03/12
ACADÊMICAS: Adriana
Meinen de Oliveira Jacinto da Silva e Ana Vanessa de Almeida Durigon.
Questões Finais
1. O pensamento pós-moderno ao rejeitar o critério de que a razão
universal orienta a conduta humana propõe uma concepção histórica. Quais os
elementos que caracterizam essa visão pós-moderna?
A visão pós-moderna se caracteriza, entre outros elementos, por admitir
que não existem mais certezas absolutizadas, investimento na importância dos
objetivos educacionais, não apenas no método e na forma; não aceita explicações
totalizantes, onde a razão deve andar junto à subjetividade. Acreditam que o
mundo da escola é um mundo dos diversos saberes: ciência, cultura, experiência,
modos de agir.
2. Como o desenvolvimento de processos cognitivos interage com o desenvolvimento
da consciência, da formação humana e da razão histórica?
O desenvolvimento de processos cognitivos interage com o desenvolvimento
da consciência, da formação humana e da razão histórica no sentido de que
auxilia na atribuição de significados, na construção da cultura individual e
coletiva, na construção do conhecimento, na apreensão das experiências vividas.
3. Para Libâneo a linguagem é um tema que aparece sob várias modulações
nas teorias pedagógicas contemporâneas. A partir do entendimento comum da
linguagem como o elemento estruturador da relação indivíduo-realidade, abrem-se
diferentes caminhos na interpretação pós-moderna. Sendo a natureza da
linguagem, cultural, advoga-se a pluralidade de linguagens na sociedade. Com
base nisso, há orientações teóricas que valorizam o cotidiano e a experiência
pessoal. Outras defendem que o conhecimento legítimo é aquele
intersubjetivamente partilhado. Outras, ainda, consideram como principal
desdobramento do conceito de linguagem o tema da diferença e, em conseqüência,
a crítica dos diferentes discursos.
Explique que significado isso tem para um docente contemporâneo? Relate
pelo menos uma situação de sala de aula onde isso possa ser exemplificado.
A linguagem não apenas reflete significados, mas se articula a fatores
sociais e culturais e constitui novos significados. Compartilhada a grupos
sociais, vai caracterizando a cultura desses grupos. Na atuação docente, um
exemplo da articulação da linguagem é a necessidade de adaptação de um
professor formado no Rio Grande do Sul para lecionar numa sala de aula na
Amazônia. Será necessário adaptação da forma de comunicação deste professor
para se fazer entender nesse contexto cultural completamente diferente do seu.
Deverá haver um desdobramento da linguagem e outros meios de comunicação de
ambas as partes, docente e discentes.
4. O hibridismo teórico ajuda a educação? Por quê?
O hibridismo teórico ajuda a educação no sentido que faz refletir sobre
a formulação de uma nova educação, nos faz aceitar - ou ao menos conhecer
-diferentes maneiras de educar, de estabelecer relações com "o
outro", nos abre um universo de possibilidades pedagógicas... porém, como
Libâneo deixa entender de seu texto, ainda estamos numa fase de transição, onde
falta prática na opinião de uns, ou falta teoria na opinião de outros. O
pós-moderno ainda está muito ligado apenas à academia, mas estaria penetrando
lentamente no cotidiano das salas de aulas, no mundo prático.
5. Quais são os dilemas a enfrentar na pedagogia contemporânea? Explique-os.
Não há possibilidade de finalizar uma explicação sobre os dilemas da
pedagogia contemporânea, visto que estão em efervescente discussão. Podemos
ajudar a elaborar mais e mais questionamentos, na tentativa, ainda que
frustrada, de tentar elucidá-los...
a) universalismo X relativismo: educação generalizada ou
individualizada? Vivemos num mundo ao mesmo tempo global e individual,
homogêneo e heterogêneo, múltiplo.
b) formas de organização curricular: escola que prepara para o trabalho,
escola que prepara para a vida, escola da razão, escola da emoção? currículo
estanque, currículo por competências...?
c) organização institucional da escola: a escola é um lugar para
ensinar, para aprender, para ensinar e aprender...? é espaço de inclusão, é
espaço de exclusão via poder da educação...?
d) educação inclusiva: será a escola o local adequado para socialização?
ou acaba excluindo ao querer incluir?
e) abrir mão completamente das teorias modernas, ou haveria
possibilidade de usar suas bases e adaptá-la ao pós-modernismo?
sábado, 17 de março de 2012
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